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Paris2024: Nadadora russa Yuliya Efimova autorizada a competir sob bandeira neutra

Iniciado por Admin, Junho 15, 2024, 00:33:02

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Yuliya Efimova recebeu hoje a autorização para competir sob o estatuto de atleta de nacionalidade neutra (AIN, atleta individual neutro) nos Jogos Olímpicos Paris2024, tornando-se na primeira nadadora russa a beneficiar deste estatuto, apesar de considerar difícil apurar-se

A especialista em bruços, seis vezes campeã do mundo e três vezes medalhada olímpica em Londres2012 (bronze nos 200 metros) e Rio2016 (prata nos 100 e nos 200) recebeu esta oportunidade para Paris2024, pela autoridade mundial da natação, a World Aquatics.

O Comité Olímpico Internacional (COI) autorizou que atletas russos e bielorrussos participem a título individual e sob bandeira neutra nos Jogos, sob condição de não terem apoiado abertamente a ofensiva lançada pela Rússia à Ucrânia, em fevereiro de 2022, e não representarem clubes ligados a forças de segurança.

No entanto, em declarações a uma estação televisiva russa, Efimova, de 32 anos, antevê dificuldades em qualificar-se para os Jogos até á data limite de obtenção de marcas, 23 de junho, até por não ter visto para viajar na Europa e, por isso, impossibilitada de participar nas competições que podem dar apuramento.

"Deram-me [o estatuto neutro] hoje, mas o maior problema é não ter tempo para participar nas qualificações internacionais. Todas as provas terminam no dia 23 de junho. O mais importante é que a World Aquatics apreciou rapidamente a minha candidatura e está a apoiar-me para participar nos Jogos. Mas, sem visto para entrar na Europa, não posso estar nas competições, e todas estão a terminar", lamentou.

Já em declarações à agência noticiosa estatal russa TASS, o presidente da federação russa de natação, Vladimir Salnikov, esclareceu que cabia a cada nadador solicitar este estatuto.

Efimova esteve suspensa por doping durante 16 meses, entre 31 de outubro de 2013 e 28 de fevereiro de 2015, tendo, depois, em março de 2016, tido novo controlo adverso, revelando o consumo de meldonium, que, associado ao esquema de doping estatal da Rússia, a chegou a afastar do Rio2016, competição para a qual viria a ser repescada, a tempo de conquistar duas medalhas.